(//) links
Ao que me dizem, aquelas portas vermelhas no largo de São Domingos fecharam-se e com elas fechou o último armazém de mercearia na baixa do Porto, se calhar mesmo o último no miolo da cidade. Talvez fosse inevitável. O tempo em que a cidade era o entreposto onde vinham abastecer-se as casas de comércio do interior do país foi-se, esmagado pelas makros de hoje. Foi o tempo que encheu as ruas do Almada e de Mouzinho da Silveira do movimento da urbe comercial. Ainda há alguns resistentes, mas a mudança é imparável. E o problema não é acabarem. O problema é que no seu lugar só fica o vazio.