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Fim de agosto, época de reencontrar velhos amigos. Um exercício fácil nos concertos das Noites Ritual. Lembrando-me que toquei na primeira edição em 1992, no molhe da Foz, só posso render-me ao espanto por, 18 anos depois o festival continuar, ininterruptamente, a dar de borla a melhor música portuguesa. Um grito no deserto. Ontem à noite, o ritual cumpriu-se com a nobreza e a alegria da música dos Diabo na Cruz e de Samuel Úria. Uma festança.
Sempre que vou à sua procura, vou no medo de que tenha fechado as portas, levada na cheia do turismo. Mas lá, está com a sertã para nos receber e as mesmas gentes de rostos secos. A Casa das Iscas, no Cais da Ribeira tem décadas a fritar os pastéis de polme de farinha de trigo com uma lasca generosa de bacalhau no seu interior. Grandes, tostadas com bom peixe, são uma deliciosa granada contra a ditadura das calorias. Uma com sopinha está o almoço feito. Com duas fazemos as tréguas com o mundo.
Um bando de flamingos jovens aterrou na madrugada de domingo no estuário do Douro. Estiveram pouco tempo, infelizmente. Andamos bem necessitados de um pouco de cor. (a fotografia chegou via Parque Biológico de Gaia)