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Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2009

(.)Barbeiros do Porto III- Sousa Cabeleireiro

 

 

A elegância já teve mais “ficha”
 
Quem não estiver habituado a olhar a cidade pode não chegar a reparar na porta do Sousa Cabeleireiro, encaixada entre as entradas largas de dois edifícios comerciais na rua de Sá da Bandeira.
Mas numa manhã de sol, o branco do chão feito de pastilha francesa, o mármore das paredes e os espelhos de cristal sobressaem entre o escuro das entradas adjacentes. A provar que a história de uma barbearia pode ser contada no feminino, é a Clotilde Sousa, “Dona Clotilde”, que nos faz sentar naquelas cadeiras americanas de ferro do início do século. “Nós não mudamos nada, temos pena que a porta não seja a original de madeira, mas anterior dono vendeu-a por oito contos a um engenheiro de Miramar”.
 
Mudaram sim o nome. De Barbearia Tinoco nascida há quase um século, passou a constar do registo como Cabeleireiro Sousa há 30 anos. O baptismo foi de José da Silva Sousa de 69 anos que, regressado do ultramar, como barbeiro da Força Aérea, procurava um sítio bonito para trabalhar na arte dos cabelos. Estacionou junto à Estação de S. Bento e a sua fama cresceu como artista de cabelos de senhoras, um revolucionário da moda a trabalhar num salão.
As mãos não chegavam e ele contratou mulheres para o ajudarem na tarefa. Chegaram a ser sete ali dentro. Clotilde Sousa lembra que era um rodopio de “artistas dos espectáculos, bancários, médicos, altas individualidades da cidade” que arranjavam cabelos, aparavam a barba e limavam as unhas. Depois o marido adoeceu. Alguns clientes, privados da presença do patrão, deixaram de lá aparecer, e as mulheres de bata branca foram pousando as tesouras e ocupando os espaços vazios, fazendo palavras cruzadas e conversa sobre a vida.
 
Nos últimos dez anos já foi Dona Clotilde a abrir a porta de casa e a testemunhar a decadência da baixa. “Então desde 2003 é que o negócio piorou imenso. Deixou de haver estacionamento, foram viver para as redondezas e agora têm medo da Baixa. Mas medo de quê”, interroga-se a Clotilde Sousa que é patroa de quatro mulheres que ela sabe “serem demais”. “Mas nós somos responsáveis por elas. Que posso fazer? A mais nova aqui tem 25 anos e 14 anos de casa. Que hei-de fazer?” Como as contas se acumulam, Dona Clotilde não fecha a porta nem em Agosto, as férias sonha-as há dez anos. Entretanto, vai abrindo a porta aos turistas que teimam em tirar fotografias ao espaço desenhado pelo arquitecto Marques da Silva, onde se conserva um aquecedor de toalhas que servia para massajar o rosto e um antigo dispensador de fichas de espera. A aguardar ansioso que um dia elas voltem a ser precisas…

 

 

 

 

 

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» publicado por DPontes às 23:52
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Sábado, 10 de Janeiro de 2009

(") Serviço público

 

É imagem, é memória, é negócio. "O Espólio Fotográfico Português" é o tesouro das imagens captadas pela Foto Beleza. Ao adquiri-lo Mário Ferreira partiu para a organização de banco de imagem que é a melhor forma de preservar e disponibilizar estas imagens, que são um património imperdível. Aqui fica o site http://www.espoliofotograficoportugues.pt/ , algumas imagens de amostra e um pequeno texto sobre a Foto Beleza:
 
“ A cidade do Porto desempenhou um importante papel na difusão e afirmação da fotografia em Portugal, enquanto expressão artística. Aqui trabalhou o inglês Frederick William Flower (1815-1889), a partir de 1835 – um dos primeiros fotógrafos estrangeiros a residir em Portugal. A Academia de Belas-Artes do Porto foi precursora, em 1854, da introdução da fotografia em exposições de belas-artes. O Centro Artístico Portuense, fundado em 1879, acolheu, nesse mesmo ano, as primeiras conferências da história da arte nacional, de Joaquim de Vasconcelos, muito provavelmente apoiadas em documentação fotográfica. Nessa época, e já desde 1874, Emílio Biel (1838-1915) desenvolvia aquele que foi considerado por António Sena como “o mais importante trabalho de levantamento e documentação do país durante o século XIX”. E em 1886, graças à iniciativa da revista A Arte Photographica, editada pela Photographia Moderna - estabelecimento de fototipia da cidade do Porto, tem lugar no Palácio de Cristal desta cidade “a primeira e última exposição internacional de fotografia jamais efectuada entre nós”.
 
 
É no âmbito desta realidade que devemos integrar o aparecimento no Porto da Fotografia Beleza, fundada por António Beleza em 1907, na Rua de Santa Teresa.
Antes desta casa, António Beleza tivera a sua “Royal Foto” na Rua do Almada, 122, espaço de grande tradição fotográfica na cidade. Aí estivera a Fotografia Fritz, que o já referido empresário Emílio Biel acabaria por comprar. Quando Biel passou o seu estúdio para o Palácio do Bolhão, em 1888, António Beleza ocupou o espaço da Rua do Almada e, como era habitual, pode ter ainda adquirido parte do espólio das chapas, das máquinas e dos “decors”. Em concreto, sabe-se que após a morte de Emílio Biel, António Beleza comprou parte do espólio da Casa Biel, vendido em hasta pública no ano de 1916.
É na Fotografia Beleza, da Rua de Santa Teresa – a partir de 1918 dirigida por Moreira de Campos e, em 1935, tendo como único proprietário António Lopes Moreira – que a burguesia do Porto se revê, possuindo o estúdio uma elegante sala de espera, onde se exibiam retratos da melhor sociedade do Norte.
De facto, a Fotografia Beleza deixou um conjunto de várias centenas de milhares documentos fotográficos - um dos maiores espólios que, até ao momento, se conhecem em Portugal, nos quais se incluem mais de 10 000 fotografias em chapas de vidro, de paisagens, nomeadamente paisagem urbana. As restantes espécies são retratos de pessoas do Norte, com relevância para o Porto e arredores.
 
 
Este espólio, provavelmente o mais importante fundo do século XX proveniente de uma casa fotográfica portuguesa, inclui ainda a documentação textual de suporte, muito particularmente, os livros de registo dos trabalhos efectuados e encomendados, em número de 375 (352 de pequeno formato, 8 de grande formato e 15 de imagens), os quais, pormenorizadamente registavam o nome e morada do cliente, número de identificação, o formato tipo e a data dos mesmos.”

 

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Domingo, 4 de Janeiro de 2009

(.) These are the days

 

Nestes dias de festas, as velhas pastelaria como a Atneia são refúgios de uma nostalgia muito nossa, feita de sonhos ou filhós, bolo-rei ou rabanadas. Mesmo que seja só meia de leite e uma torrada, há que provar o sabor próprio nos dias de fuga à rotina, em devaneio pela cidade, remirando as montras que nos outros dias são opacas. Escolha-se uma música com swing, uma peça de roupa nova e vamos jurar fidelidade no clube desta aristocracia que resiste com hábitos de mármore, botões de punho e peúga esticada a primor.

 

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Sexta-feira, 2 de Janeiro de 2009

(!) Uma paixão sem fim

Há uma boa razão para que, nos últimos tempos, este blogue andar um bocadinho mais devagar. Chama-se Porto Paixão e abriu portas há uns meses. É uma nova frente. Passem por lá. Na net começa aqui: http://portopaixao.wordpress.com/.

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» publicado por DPontes às 00:08
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