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Estas imagens foram colhidas no meu arquivo, inpiradas pelo belissimo site http://www.nao-lugares.com/. São da desparecida "fábrica dos panos" na Rua de Serralves. Vale também a pena visitar o blog deste projecto que "propõe convidar o cidadão a criar percursos turísticos alternativos, tendo à disposição um mapa onde poderá de forma interactiva (re)visitar a cidade e remetê-lo para locais onde normalmente não iria, nomeadamente os lugares abandonados ou em ruínas no centro histórico da cidade". Está aqui. DPontes
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Arcozelo. DPontes
Arcozelo. DPontes
Os turistas da Páscoa invadiram a baixa do Porto, fazendo-se transportar nos mais estranhos veículos. Aqui na Praça D. João I. DPontes
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As estações andam baralhadas, flores e pássaros entram em contratempo, chove a desoras, o sol e o guarda-roupa não arranjam forma de se coordenar. Mas há sinais de mudança no ar, já cheira a Primavera. É hora de sair da terra e de ver florescer novas cores. Ousar mesmo o vermelho. Como o deste plátano miniatura, num jardim encantado no Centro Comercial Bombarda, o Arbole Bonsai. DPontes
A versão higienista da prostituição, vista como uma doença, uma "infecção" mas, retirando os condicionalismos da época, um retrato bem curioso do fenómeno, a que não falta o devido levantamento estatístico. Em 1891, as casas de tolerância eram 36, entre elas uma na rua dos Mártires da Liberdade, precisamente a casa hoje ocupada pela livraria Académica, onde, das mãos de Nuno Canavez, encontrei este opuscúlo. Algumas citações:
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" Em primeiro logar citarei as mulheres que vivem em casa bem posta ou em hotel de primeira ordem, passeiam pelas ruas, geralmente sós, a pé ou em trem à ordem, frequentam os jardins e divertimentos públicos onde occupam logares dos melhores, trajam luxuosamente, ostentam bons brilhantes, comportam-se com seriedade e empunhando o lorgnon quando em passeio, e o binoculo no theatro, dão-se ares aristocraticos".
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"A indolência e a preguiça formam muitas vezes o fundo do caracter de algumas mulheres que não podem resolver-se a ter uma ocupação qualquer, a ganhar o seu sustento por meio do trabalho honesto, e que ficam ociosas porque toda a profissão lhes aborrece, porque todo o trabalho lhes peza; e se não têm de per si ou de suas familias meios suficientes para arrastar uma tal vida, é prostituindo-se que prociuram os recursos para viver na ociosidade."
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"O alcoolismo é a consequência quasi fatal da prostuição. Já entre as inscriptas, já mesmo entre as clandestinas o abuso do alcool é a regra. É ao alcool que pedem a energia que carecem, é elle que as aquece nas noites de inverno e é elle que muitas vezes lhes apaga momentaneamente a fome. Todas as prostitutas bebem e a qualidade dos alcoolicos que consomem corresponde à sua cathegoria." DPontes