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O Café Progresso fez um upgrade. O mais antigo café do Porto, na rua Actor João Guedes, deu o salto para o futuro sem perder identidade. Tem bons pequenos-almoços, internet, quadros na parede, iniciativas em redor da palavra escrita, mas mantém o afamado café de saco e o monograma nos assentos de couro. A cidade de 1899 já vai lá longe, mas o relógio só não pára se lhe dermos corda. DPontes
"Why not?" Apetece mesmo responder: "Porque não." Porque insistem que para nos vender qualquer coisa o têm de fazer em inglês. Porque não têm a franqueza de se dirigir a nós na língua que falamos. Porque acham que é falando "à americano" (esqueçam isso do inglês, porque os rapazes certamente pensam em grande) que nos impigem ideias de luxo e de grandiosidade. Porque nos negam identidade e acham que todo o mundo é uma massa de consumidores, da Avenida da Boavista a Times Square. Porque apesar do bom grafismo são uns parolos. DPontes
DPontes
A praça é grande e para ocupar. Mas será que um "lounge", no centro dos Aliados não é uma solução um pouco disparatada? DPontes (Foto ALeite)
Como há muito não se via, multiplicaram-se as esplanadas estendidas nos passeios como lagartos à procura do sol. Como já não se esperava, a autarquia prometeu que para o ano as praias da cidade poderão voltar a ser frequentáveis. Como ainda não nos habituamos, os turistas percorrem as ruas com olhos ávidos da nossa história. Mas falta o sol para que Agosto nos liberte o corpo o entregue ao ar, e assim nos faça mudar de estação. Precisamos deste bejo, mas ele mantém-se silencioso. Às vezes faz-nos promessas vãs, como neste raio que iluminou um almoço na Reboleira. DPontes